Segundo relatos da polícia, o autor dos disparos seria o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), de 27 anos, que teria efetuado cinco tiros contra o policial após uma discussão por conta do farol alto de um carro. O militar estava de folga no evento.
O caso tem gerado revolta popular, sobretudo após o prefeito se apresentar em uma delegacia fora da região do crime, alegar legítima defesa e ser liberado após depoimento.
“Imaginem se fosse ao contrário. Se o policial tivesse matado o prefeito. Ele já estaria preso, com manchetes em todos os jornais, falas oficiais, demissão sumária. Mas como foi um aliado do governador, está solto”, denunciou Carlos Lula.
O deputado classificou como grave a omissão do Governo do Estado, e criticou duramente a forma como o caso vem sendo tratado pelas autoridades.
“Não foi um falecimento, foi um assassinato. Um policial foi morto com cinco tiros pelas costas, e o autor está solto, sem entregar nem a arma usada no crime. Isso é um escândalo!”, afirmou.
Carlos Lula também questionou se a ligação política entre o prefeito e o governador Carlos Brandão estaria influenciando o andamento da investigação. “Por que ele está solto? Por ser aliado do governador?”, questionou.
De acordo com a Polícia Civil, a arma do crime ainda não foi localizada, e o prefeito não tinha porte legal. Ele teria informado à polícia que se “livrou” da arma após o crime.
Ao levar o caso ao plenário, Carlos Lula reforçou sua posição de defesa da Justiça e da verdade. “Não se pode admitir dois pesos e duas medidas. Quando a vítima é um policial militar, o Estado precisa dar exemplo. Justiça é prioridade”, lembrou.