Texto: Benaya Ewerton
Foto: Ilano Lima
O deputado estadual Carlos Lula voltou a cobrar urgência na reforma do Arquivo Público do Maranhão, durante a sessão na Assembleia Legislativa, desta terça-feira (25). O prédio histórico, interditado pelo Corpo de Bombeiros devido ao risco de desabamento, continua sem obras de recuperação, deixando a memória do estado em perigo.
“Espero que essa obra não comece só quando o prédio já estiver no chão. O Arquivo Público guarda a nossa história, documentos valiosos que registram séculos de memória e resistência. Não podemos deixar isso ser perdido”, alertou o parlamentar.
Carlos Lula também criticou a proposta da Secretaria de Cultura de armazenar o acervo histórico em contêineres nos fundos do IEMA durante a reforma. “Material tão sensível precisa de transporte e armazenamento adequado. Uma total falta de cuidado com aquele material, que teria que ser transportado por quem entende de arquivo público”, destacou.
O deputado enfatizou a necessidade de manter o funcionamento do Arquivo Público, que é essencial para estudantes, pesquisadores e professores. “Esse espaço não pode ser fechado. É um local de produção de conhecimento, acessado diariamente por pessoas que estudam e preservam a história do Maranhão”, pontuou.
Além de cobrar providências imediatas do Governo do Estado, Lula destacou que recursos para a reforma e realocação do acervo não são um problema. “Não há justificativa para essa demora. Na última reunião da Comissão de Orçamento, foi confirmado que o governo encerrou 2024 com quase R$ 5 bilhões em caixa. Dinheiro tem! O que falta é vontade de resolver”, afirmou.
O parlamentar se colocou à disposição para contribuir com a solução e reforçou que, se necessário, destinará emendas para garantir um espaço adequado para o Arquivo enquanto a reforma acontece. “Se for preciso, eu mesmo realoco parte das minhas emendas para o aluguel de um prédio. Mas não podemos aceitar tamanha insensibilidade do governo. Se não houver ação imediata, estaremos jogando fora a nossa memória coletiva. Isso a gente não pode admitir!”, concluiu Carlos Lula.